Sobre escritores

domingo, 7 de setembro de 2008


Os escritores criam um mundo paralelo à esta realidade que fascina críticos, leitores e apaixonados por literatura em geral. Mas, de onde será que provém esta criatividade capaz de criar personagens que emocionam, que causam antipatia ou até mesmo que se identificam conosco?
Uma vida originada na mente de uma pessoa, com todas as dificuldades, alegrias e tristezas existentes neste mundo, o real, é capaz de incitar questões sobre problemas da Humanidade, e carregar em si a Universalidade dos sentimentos e da matéria de que somos feitos: os sonhos (como dizia Shakespeare).
Do ponto de vista psicanalítico, de Freud, para ser mais específica, os "devaneios" que podem ter originado as maiores obras-primas da literatura mundial derivaram dos "jogos" infantis, guardados há tempos no fundo da memória dos escritores. Estes, nada mais fizeram que expôr suas fantasias através da escrita, já que no mundo literário, toda fantasia é bem-vinda. De outra forma, se expuséssemos nossos "sonhos diurnos" por qualquer outro meio, seríamos comparados a neuróticos (diagnosticados, inclusive). Freud não explica o porquê da necessidade humana do sonho diurno, do devaneio, apenas o atribui à vida infantil, às lembranças e à necessidade de realização destes "desejos secretos".
Isto significa que nós, leitores apaixonados por literatura, participamos de uma espécie de neurose de nossos escritores favoritos, identificando-se, inclusive, com as mais loucas situações deste mundo intimista. Precisamos, apenas, tomar cuidado para não destruir as fronteiras, afinal, são elas que nos mantém na esfera do que chamamos realidade.

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