"É só isso?"

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FIM!

Assinei ontem a minha colação de grau, o que significa que sou, oficialmente, uma beletrista (Bacharel em Letras!).

"Leia esta folha e assine", diz a moça da secretaria.

"Pronto, é só isso?" - pergunto.

"Sim. Parabéns!" - responde a moça.

"É só isso?" - repito, saindo da fila e dando lugar ao próximo.

Tantos anos estudando e tudo o que eu mais esperava era esta "solenidade".

"É só isso?" - meu nome está no fim de uma lista de aproximadamente 50 pessoas, lá em cima, no topo da folha, o juramento.

"É só isso?"

"Sim. Parabéns!"

Então porque ficou essa sensação de vazio?????

Temperamentalismo!

sábado, 24 de outubro de 2009


Quero e não quero ao mesmo tempo.

Vou e não vou mais, numa fração de segundos.

E não importa se já estou no ônibus, não há problema, eu desço!

Hoje eu acho bonito, amanhã, quem sabe?

Hoje eu tenho tudo escrito, amanhã eu rasgo e reescrevo, depois eu rasgo e não escrevo.

Temperamentalismo, palavra bonita!

Vem de tempero... pimenta? cravo?

Gosto forte... sim, gosto forte, mas indefinido.

Hoje eu sei o gosto, amanhã já não sei mais...

Palavra bonita.

Augen!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


Eu queria dizer em todas as línguas o quanto são lindos os seus olhos, no entanto, não posso, e esse será o meu segredo guardado, o meu segredo furta-cor!

Sobre coisas que impressionam

domingo, 18 de outubro de 2009


A literatura, às vezes, pode ser muito chocante. Às vezes, ao terminarmos um livro, corremos o grande risco de nunca mais sermos os mesmos. Como lição de casa do professor de olhos azuis, estou procurando um trecho de algum livro que tenha me chocado. É uma viagem gostosa por histórias que eu já li e que me impressionaram de alguma forma. Compartilho aqui, com vocês, somente frases de alguns desses livros os quais, depois de terminada a leitura, dificilmente continuei a ser a mesma pessoa.


"Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência de existir demorasse mais alguns segundos, nós enlouqueceríamos."
(Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres - Clarice Lispector)


Claro que a Clarice não poderia faltar. Todos os livros dela me impressionam, pelo estilo, pelo pensamento, pelo enredo, ou seja, tudo! Ela me impressiona porque me incita a pensar!

"Ela, calmamente, brinca com uma cana-de-açúcar, seca, com uma rolha oposta ao nó da planta, e devagarinho vai-me explicando que cada relação atrai toda uma hoste de almas que quer entrar no mundo e que preside, sedenta, a todo o acto entre um homem e uma mulher."

"Cada relação incompleta, sem amor, deixa uma multidão de almas na mais profunda das desilusões."
(Perdido de Volta - Miguel Gullander)


Por que esses trechos? Porque eu acredito!
Por que este livro? Pela linguagem, pelo enredo, e por tudo o que está subentendido e escondido no grande redemoinho!
PS: Cadê o Holandês Voador???? Saudade...

"Se o diabo não existe e foi simplesmente criado pelo homem, este o fez à sua imagem e semelhança."
(Irmãos Karamazov - Dostoiévski)


Porque eu acredito!

"Acho que o universo é fruto de uma vontade. Um dia você verá que por detrás de todas essas miríades de estrelas e galáxias oculta-se uma intenção."
(O dia do Curinga - Jostein Gaarder)


Tenho certeza de que há uma intenção!

"Eu li na Wikipédia!"

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O escritor Umberto Eco (autor de "O nome da Rosa" e "O Pêndulo de Foucault") possui uma coluna muito legal no site do jornal The New York Times, traduzido no Brasil e publicado no site da UOL. Num de seus textos, Umberto fala sobre a famosíssima Wikipédia, que já nos salvou a pele milhares de vezes em trabalhos escolares ou até mesmo em trabalhos profissionais.

Afinal, a Wikipédia é ou não confiável?

O escritor Umberto Eco, neste artigo, disse que já verificou os registros sobre sua biografia várias vezes, e que sempre havia erros. Tentou, até mesmo, modificar as informações erradas, mas quando fazia nova pesquisa, via que novas calúnias eram postadas.

A dica do escritor é verificarmos se as informações conferem com outras fontes, o que seria um trabalho real e confiável de pesquisa, para não cairmos nas graças de pessoas mau-intencionadas que querem apenas espalhar boatos "sem-noção"!

Leia o artigo completo AQUI!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009



Os ventos passam,

os carros passam,

as pessoas passam,

as idéias passam,

permanece apenas o manuscrito guardado na primeira gaveta, ao lado da cabeceira, com muito cuidado, para o tempo não desgastar...

Sobre pequenas e grandes coisas

quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Foto: José d' Almeida e Maria Flores

Qual é a tendência do pensamento humano na atualidade? "Pense grande, cresça, desenvolva-se, faça evoluia, etc", todos termos relacionados à grandeza, ao excesso como algo bom e como objetivo. E as pequenas coisas, onde ficam? Aquelas coisas simples que notamos no momento certo, aquilo que fisgou nossa atenção numa fração de segundo e se tornou inesquecível porque foi inusitado, pequeno e rápido? O momento em que você olhou para o céu e viu um pássaro pousado no ar, de asas abertas, sem batê-las; ou o momento exato em que a mosca cai na teia da aranha, inocente, desprevenida, tornando o momento aterrorizante.

Não é difícil encontrarmos olhares que imortalizam esses pequenos momentos, seja na literatura ou mesmo na fotografia, uma "estética" das pequenas coisas começa a surgir, aos poucos, valorizando o que há de mais sensível no dia-a-dia de nossas vidas.

É o caso, por exemplo, da poetisa Rita Apoena, cujo site Jornal das Pequenas Coisas é repleto destes pequenos momentos mágicos que simplesmente deixamos passar durante a correria do nosso cotidiano. Além de Rita, basta um breve passeio por blogs de poesia e se pode notar que há sim um interesse nas chamadas "pequenas coisas", como uma temática crescente na tentativa de sair desta imensidão de excessos e grandezas sem fim na qual fomos imersos e não conseguimos mais nos libertar.




Pequenas coisas

segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Este post é breve e precioso, assim como as pequenas coisas...

"Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que as pequenas notícias não saem nos grandes jornais. Quando uma pena flutua no ar por oito segundos ou a menina abraça o seu grande amigo, nenhum jornalista escreve a respeito. Só os poetas o fazem."
(Rita Apoena)

"O Rio de Janeiro continua sendo o Rio de Janeiro, fevereiro e março..."

sexta-feira, 2 de outubro de 2009



PARABÉNS, RIO DE JANEIRO!!!!

A paixão venceu a sofisticação, agora, tem que trabalhar para fazer bonito, e não vale esconder a sujeira embaixo do tapete!!!

Esperamos que os governantes tenham consciência disso...


Ainda escrevendo...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Decidi (tardiamente, confesso), que não tentarei mais escrever capítulos dos outros. Que ingenuidade a minha achar que posso acrescentar ou retirar capítulos de histórias que não me pertencem, quando nem sobre a minha própria história possuo total domínio.

Não tente interferir nos capítulos: há contextos, rascunhos, pequenos esquemas, que não podem ser apagados... Há histórias que já estão em curso, e quando a gente chega, de repente, e tenta acrescentar um trecho, pequeno que seja, não consegue fazer a ligação, intercalar os trechos, é uma questão de coerência.



“Quando não estou escrevendo, eu simplesmente não sei como se escreve. "
(Clarice Lispector)
Sabe sim, Clarice!
 
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