Luzes

domingo, 27 de dezembro de 2009


As luzes coloridas iluminam a cidade. Envolvem árvores, casas, praças. Se fosse inverno, aqueceriam, com seu calor, todos os que adormecem pelos cantos escuros onde a luz não chega, são os que vivem na escuridão.

As luzes da cidade iluminam meus caminhos, embora ainda seja um dia claro de verão. Essas luzes são brancas, não mais coloridas.

As luzes brancas, processadas nas reações que constituem as queimas dentro do meu corpo, e as evoluções psíquicas em constante atividade, decompõem-se em arco-íris. Separo-as, uma a uma, e seguro nas mãos a cor do meu momento: liberdade.

A cor azul vai se tornando clara, clara, e se desfaz. Seguro o vermelho na outra mão, e absorvo: quero intensidade.
Tento adivinhar a sua cor.

Tenho um vermelho intenso em uma das mãos, e um azul que se esvai na outra. Junto as duas: harmonia. Mas as minhas reações não estão harmônicas e não consigo atingir o tom certo.
Tento encontrar a minha cor.

Abro a porta e saio novamente pelas ruas coloridas. Já não é mais dia, e caminho pelas ruas à procura do branco. Não há mais branco na noite escura. E ainda tento adivinhar qual é a sua cor, enquanto vasculho os restos de luzes das luminárias que piscam, esperando o dia amanhecer.

2 comentários:

Fernanda disse...

se eu fosse uma cor seria verde...acho linda a cor,e que foto e texto lindoss amo lugares assim cheio de luzes,e esse é o espirito de natal=)luzes que mandam uma energia boa.

Anônimo disse...

essa foto e simplismente linda .

 
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