"A Ratazana"

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


AVISO:
O post abaixo é o trecho final do livro "A Ratazana", de Günter Grass, portanto, se você é daqueles que não gosta que contem o final, não leia :)


De qualquer forma, recomendo a leitura, e constatei que não foi à toa que o autor recebeu um Nobel de Literatura! A criatividade e o senso crítico de Günter Grass fazem desta obra um grande clássico, talvez futurista, talvez profético, que ilustra um pouco do egoísmo e poder de auto-destruição que o ser humano possui.

"- Apesar disso - eu digo -, resta esperança bastante de que não vocês, ratos sonhados, mas na realidade nós...
- Nós ratos somos mais reais do que você poderia sonhar.
- Mas apesar de tudo, isso tem de...
- Nada mais tem de, nada.
- Mas eu quero, quero outra vez.
- Quer o quê?
- Só supondo que nós humanos ainda existíssemos...
- Bom, vamos supor.
- ... mas desta vez queremos ser uns a favor dos outros e, além disso, pacíficos, está ouvindo, amorosos e brandos, assim como a Natureza nos criou...
- Belo sonho - disse a ratazana antes de desaparecer."

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