Das regras de jogo quando não existe jogo

sábado, 3 de maio de 2014

Há poucos dias li uma reportagem bastante compartilhada sobre fatos constatados nos relacionamentos modernos, e com os quais deveríamos aprender a lidar em nossos dias. Entre os non sense, e os razoavelmente aceitáveis (ou inevitáveis) estava um que me chamou a atenção especialmente por ser uma coisa muito ruim: o de não poder mostrar que está apaixonado ou interessado. "Ganha quem demonstrar menor interesse", dizia o texto. Daí o meu espanto! Qual a graça de um relacionamento em que você não pode demonstrar o carinho e o afeto que sente pelo outro? Desde quando existe a competição pelo desinteresse? Se não há interesse, por que estar junto? Se há mais que interesse, por que não se entregar ao outro, o maior interessado?

E o apaixonado que, insanamente, entregar o jogo, os pontos, e mostrar ao outro todo o seu amor, o que acontecerá? Será maltratado pelo vencedor? O glorioso que olhará com superioridade o ser apaixonado que se entregou à humilhação da declaração desmedida? Por que a "modernidade" sugere um jogo em que ambos perdem?

A paixão sem alimento vai morrendo aos poucos. Humilhada, vai definhando, até sumir por completo. "Amor é com amor que se paga", diz o ditado que eu gosto. E nesse jogo de desinteresse eu não tenho o menor interesse!


Um comentário:

Kelly Luque disse...

Concordo plenamente!!

 
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