Escrevendo sobre amor

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Eu sempre escrevi sobre o amor. E era sempre um amor puro, de coisas e desejos simples, que não exigiam muito de mim ou dos meus amores. E então eu cresci. Vieram as necessidades, outros olhares, e outro sentido foi dado à palavra amor. Complica-se a coisa. Complico-me em explicações e tentativas de explicações, tudo em vão. Ah, complico os meus amores também, emaranhando-os numa teia infinita de desejos e vontades que nem eu compreendo. As dúvidas também fazem parte. Para escrever sobre amor é preciso tomar cuidado: apaixonados fantasiam e sonham; amantes floreiam e seduzem. Para se escrever sobre o amor é preciso ser amante e ser amado, sem qualquer promessa, sem exigência, sem dores. Dizem que não se escreve sobre o amor sem conhecê-lo. Não acredito. Minhas escritas sobre o amor continham muito mais amor quando eu não sabia o que era.


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