Paisagem 34 - Estrelas

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Esses dias fui convidada a ver as estrelas. Parecia algo comum, apenas mais uma parte do céu escuro que cobria São Paulo, se você olha de forma rápida e desinteressada. Então ele me disse "olha bem, dá pra ver as estrelas, milhares". E dava mesmo. O céu azul escuro parecia pintado com pingos brilhantes, cuja luz se misturava num emaranhado ao qual os astrônomos chamam de constelação. Eu não sabia o seu nome. Ele tampouco. De mãos dadas, a olhar para o céu, isto também não fazia a menor diferença.

Das declarações de amor - 3

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Muitas vezes, aquele olhar mais demorado, o aperto de mão mais firme ou o abraço mais apertado são declarações mais concretas que palavras, e é com elas que se constroem os grandes amores...


Paisagem 33 - Flores

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

 
A moça chorava enquanto segurava um buquê de flores nas mãos, em pé, no trem, às 21h do dia em que principiava a primavera. Nada mais bonito e significativo, pensava eu. Sempre invejei mulheres com buquês, imaginando a cena que precedera a entrega, e a declaração de amor implícita nas pétalas das rosas vermelhas. Vermelho paixão: clichê. Mas aquela moça, naquela noite, tinha uma tristeza nos olhos, que tentava esconder com a cabeça baixa, em meio aos cabelos. Percebi também que chorava, meio abafado, disfarçando os soluços entre as respirações. Sempre imaginei a alegria de receber um buquê, mas talvez, naquele momento, as flores representassem uma despedida, ou palavras amargas em um cartão mal escrito, vai saber. Eu sempre invejara mulheres com buquês, mas naquele dia, olhando pelo reflexo, eu sentia apenas pena.
 
Feliz 2016! ;)
 

 
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