vou lhes dar 5 razões para irem ao cinema assistir Wolverine, amanhã:
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;)
Não preciso dizer mais nada, né?
Por que mil almas inquietas? Porque eu tenho mil almas que querem falar e ser ao mesmo tempo. Elas precisam se expressar de alguma forma, eis que surge este blog!
Há inúmeras discussões sobre como nasce um poema, sobre a poética em si, como arte da linguagem ou fruto de um momento de inspiração, seja qual for a sua origem.
Para o filósofo Heidegger, o poeta é muito mais que um artista, capaz de realizar, através das palavras, a mediação entre o divino e o terreno. Já para o grego Aristóteles, não basta rimar e escrever palavras ao vento, é preciso cantar grandes feitos, imortalizar heróis, a poesia é imitação, é reconstrução do que aconteceu e construção do que poderia acontecer.
Em Fernando Pessoa, "o fingidor", aquele que finge tanto que finge a própria dor. Um artista da linguagem, capaz de criar mundos através das palavras. Capaz de criar dor? Poderes dos quais eu não duvido, e creio que sejam realmente possíveis, desde que o leitor, o diretamente atingido pelas palavras, encare o desafio de participar do "fingimento".
Poe, na Filosofia da Composição, foi um pouco menos sentimental, e provou por a + b que é possível seguir um "manual de poesia", que, para escrever um bom poema, é necessário muito mais que inspiração e meia dúzia de palavras bonitas: é necessário TÉCNICA.
Podem existir muitas outras definições, de outros poetas, autores e filósofos que pensaram e teorizaram a arte de poetar, e, recentemente, encontrei uma definição que pertence à poetisa portuguesa Sophia Andresen. Para ela, a poesia tem uma extrema ligação com o mundo real, e é só a partir dele que ela existe. As palavras refletem a vida, os acontecimentos, têm vigor e densidade: "o verso é denso, tenso como um arco, exactamente dito, porque os dias foram densos, tensos como arcos, exactamente vividos. O equilíbrio das palavras entre si é o equilíbrio dos momentos entre si" (Sophia Andresen).
Por que a definição dela me chamou a atenção?
Porque estes momentos estão em cada janela, de cada rua, em cada pequeno acontecimento captado por um olhar, que é congelado na forma de palavras... apenas olhe e mova o lápis.