Metrô de São Paulo.
Linha vermelha que leva da Barra Funda à Itaquera, 08:30 da manhã.
Uma mulher, sentada no banco próximo à porta, conversa consigo mesma.
Pensamentos em voz alta contra o Governo, o Estado, impostos.
"Tantos anos trabalhando...", "... nenhum valor...", "são todos iguais".
O homem ao lado olha, debochando. A moça observa, curiosa.
Eu não olho, pois olhares ferem a dignidade no encontro com pensamentos dispersos pelo ar. Não pelo ato de olhar em si, mas pelos pensamentos que se escondem por detrás de cada lente.
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4 comentários:
nossa, profundo seu comentário a respeito,mas é verdade,oq eu se há de fazer não é mesmo!pelo menos ela falava sobre coisas reais...
mesmo surrealmente.
bjão
Curioso.. .nunca olhei...em muitas situações introspectivas das pessoas... eu sempre procurei desviar meus olhos...a curiosidade nunca falou mais alto do q a particularidade de cada um...e nunca havia parado p pensar nisso...mil bjs...
ahh, adorei!
Priscila,
E e que até dias atrás mantinha meu consultório ali vizinho ao metrô Barra Funda. Sensação de Déjà vu.
Belo post, como outros que achei por aqui.
Beijos,
Marcelo.
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