Sobre letras e melodias

domingo, 26 de julho de 2009


Foto: Nuno Milheiro

O que é mais importante para você: a letra da música ou sua melodia?

Estas são apenas algumas palavras sobre um trabalho que li na internet, de Karinna Alves, intitulado "Harmonia em O nascimento da tragédia, de Nietzsche".

Digo que são apenas algumas palavras porque ainda não li esta obra do filósofo, mas o trabalho da moça discute um assunto muito interessante, que é a relação entre a musicalidade e a poesia.

Por que alguns poemas fixam seus versos em nossa memória mais facilmente que outros? Por que algumas músicas possuem letras horríveis nos fazem cantarolar? Por que letras boas que recebem melodias estranhas não conseguem nos impressionar?

Segundo o trabalho de Karinna, em Nietzsche, a música antecede a palavra, e possui um grande poder de influência sobre esta.

O poeta, então, ao trabalhar com ritmo, rima, estrofes harmonicamente perfeitas, cativa o leitor através da sensibilidade da música, e os versos, quando apreendidos por este sentido do leitor, fixam-se na memória como nossas músicas preferidas.

Nunca estudei música, e acho que a palavra tem sua importância (fundamental, aliás) na mensagem que esta passa através de suas melodias harmoniosas, mas acredito, sim, que este "sentido musical" nato nos leitores de poesia ou apreciadores de literatura, seja essencial em nosso julgamento do que é bom ou ruim quando nos referimos a estas formas de arte.

Aqui está um trecho muito interessante do trabalho:

"(...) a melodia é primeira a qualquer coisa, universal, podendo suportar múltiplas objetivações. Com isso, assinalamos o fato da palavra ser subordinada à melodia e, desse modo, esta é a mais importante e necessária na apreciação ingênua do povo. É ela que esta intimamente conectada à memória, ou seja, pela melodia é que se torna uma poesia fácil de ser decorada, principalmente pela sua forma estrófica e por seus estribilhos. (...) Nietzsche fala desses flashes de imagens, gerados pela música, como um processo de 'descarga' da música, onde, na canção estrófica popular, a linguagem verbal é levada a um estado de exaltação a partir do movimento de mimetização da melodia. E, assim, o compositor é nomeado o poeta do som: criador de imagens ou representações similiformes a partir da melodia primogênia da música."


A partir de hoje, as Mil Almas estarão de férias.

Voltamos em setembro, espero que com mil novas e boas histórias!
Auf Wiedersehen!


"Cria a dor, cria e atura"

sexta-feira, 24 de julho de 2009


"O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não

Um homem de pedra, de pó, de pé no chão

De pé na cova, sem vocação, sem convicção"

(Cidadão de Papelão - Teatro Mágico)


Ontem eu ouvi essa música pela primeira vez, num vídeo que participa do Anima Mundi.
Hoje um homem na rua me pediu um pingado, enquanto eu comia um lanche!
Triste coincidência...

O vídeo é muito bonito:
http://www.animamundi.com.br/web_galeria.asp?ano=2009&cod=704


Procura-se

domingo, 19 de julho de 2009


Procuro alguém que queira receber a minha Liberdade.

Em troca, peço a sua Liberdade, para que cuidemos um do outro, como jardineiros cuidam das mudas que hão de florir.

Será preciso regar cuidadosamente, para que as raízes não se soltem ao vento. Prometo moldá-la com as mais belas e livres formas, e você prometerá protegê-la do frio e calor intensos, em seu colo aconchegante.

E quando florirem, juntas, em fusão perfeita, formarão uma única Liberdade: infinita.

Aceita?

Como Alice

sexta-feira, 17 de julho de 2009



Às vezes eu me sinto como a pequena Alice, sempre correndo atrás do Coelho Branco.

Apressada como ele, vou deixando para trás coisas incompletas, ações não começadas, rastros meio apagados.

"Oh, puxa, oh puxa! Eu devo estar muito atrasado", diz o Coelho Branco.

"Atrasado para quê, Sr. Coelho?"

"Atrasado para a vida, pequena Alice, para a vida".

"Como você é relapsa!"

terça-feira, 14 de julho de 2009


"Nossa, Priscila, como você é relapsa!"
Essa foi a primeira vez que ouvi esta palavra, e quem me disse a frase acima foi uma chefe que eu tive.
É muito estranho ouvir isso de uma chefe, acredite!
Nem lembro mais o motivo, mas me recordo de que eu havia comentado sobre meus lapsos de esquecimento. Normal, ué, quem não tem lapsos de esquecimento??? Quem????
Então cismei com esta palavra: relapsa!
A segunda vez que a ouvi foi num ônibus. Um gatinho me chamou de relapsa porque eu consegui a façanha de ser suspensa na biblioteca em final de semestre, e nem me lembro mais o porquê!
Quando ele disse isso eu lembrei da chefe, e ri!
Hoje me lembrei dessa palavra enquanto organizava meus assuntos pendentes. São vários.
Será que sou relapsa?
Acho que sim.... só um pouco...
Estas são apenas reflexões, não levem tão a sério!

Lá pros lados de lá...

segunda-feira, 13 de julho de 2009


















As Mil Almas andaram meio sumidas, é que estavam espalhadas pelos confins de Minas Gerais...

Poços de Caldas! Linda cidade!

Onde?

sábado, 4 de julho de 2009


Onde está o chão que estava aqui?

Vontade de cantar (para você)

Alice no país das maravilhas

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mais uma parceria Johnny Depp e Tim Burton: talento e criatividade!
Resultado maravilhoso...














As imagens foram tiradas DAQUI!


 
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