Este texto não será uma exaltação da modernidade.
Este texto tampouco pretende ser um manifesto contra os tempos modernos.
Mas este texto é, sim, um desabafo.
Este texto é um desabafo contra uma modernidade que te deixa quase meia hora falando com uma gravação telefônica, e não resolve o seu problema;
este texto é um desabafo contra uma modernidade que te atende pelo telefone com pessoas tão perturbadas, que não querem resolver o seu problema;
este texto é um desabafo contra uma modernidade que invade a sua privacidade, invade a sua casa, e te envia um cartão de crédito que você NÃO pediu;
este texto é um desabafo contra uma modernidade que te obriga a abrir contas em bancos, se você quiser receber o seu salário no fim do mês;
este texto é um desabafo contra uma modernidade dominada por estes mesmos bancos, que, sabendo o quanto somos dependentes deles, fazem o que querem e nos cobram o que bem entendem;
este texto é um desabafo contra uma modernidade que não se compromete com nada; que não tem cara, que não tem balcão para receber reclamações, que não respeita os seus direitos, que te estressa, que te humilha;
este texto é um desabafo contra uma modernidade que oprime, que te transforma em massa, multidão, que te descaracteriza e te transforma no número 34567567896543 da lista.
Desculpem, mas se essa é a modernidade com a qual o ser humano sempre sonhou, eu prefiro voltar pra Idade Média...
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