Penúltimo - memória poética

sábado, 29 de dezembro de 2012

"Parece que existe no cérebro uma zona específica, que poderíamos chamar memória poética, que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida." 

("A insustentável leveza do ser" - Milan Kundera)

Este ano de 2012 pode não ter sido dos melhores, tanto para mim quanto para o leitor, mas sempre haverá algo de bom, algo retido por nossa memória poética. Pode ser algum acontecimento, uma fotografia, uma frase de uma pessoa, ou um livro. No meu caso, este livro ficou gravado em minha memória poética como uma das coisas mais lindas que já li, e que me tocaram de forma positiva. E, mais uma vez, percebi que o que dá beleza à minha vida é a justaposição das palavras, o amor aos textos bem escritos e a filosofia contida em cada uma das linhas (ou nas entrelinhas). Neste ano experimentei a leveza do ser, tão leve que faz com que a vida se esvaia com um sopro (o sopro da morte). Neste ano experimentei o peso das responsabilidades e anseios futuros, peso este que ainda continua pairando sobre a minha cabeça. Neste ano, também experimentei a leveza de me libertar de pessoas que não me trazem coisas boas (a leveza da liberdade). Desta forma, encerro o penúltimo post de 2012 com palavras escritas por mim e pelo Milan, desejando a todos um feliz ano novo e beleza e leveza às suas vidas, seja qual for a forma de beleza que lhes comova e a leveza que lhes seja necessária. 

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