O André é um amigo de Goiás, cabra muito inteligente e cheio de idéias mirabolantes também... Ele atualiza meu "arcenal" de fotos e idéias, de inutilidades interessantes, então, merece um post, e um poema, principalmente!
É lindo peidar ao vento,
Em orgânica poluição,
Num natural dar vazão
Aos gases que vem do bucho,
É difícil dar-se ao luxo
De dispersar os odores,
Pois causam muitos rancores
Por entre o povo gaúcho.
Um peido solto no vento
Tem sua imagem poética
E também não fere a ética
Dos focinhos refinados
É lindo um peido assoprado
Como um clarim de campanha,
Que traz matizes de banha,
Ou de mondongo com vinho,
Forjado no som do pinho,
No chinaredo e na canha.
Um peido bem temperado
É quase uma obra de arte,
De Napoleão Bonaparte
Ao velho Bento altaneiro,
Este, com charque campeiro,
O outro com vinho francês...
Vejam que muito se fez
No memorial peidorreiro.
E é por isso, meus amigos,
Que eu faço um apelo ao povo
Em prol dos peidos de ovo,
De mocotó ou de lingüiça,
Embora feda a carniça
Tem atavismo no cheiro,
Pois desde o índio guerreiro
Ao nosso neto ou avô,
Me digam, meus companheiros:
- Quem é que nunca peidou ?
Um comentário:
Post bem humorado, eu aqui todo feliz por se lembrar de um amigo de Goiás!
A grande pergunta: Quem nunca peidou?
hauhauhuha
Agradeço a audiencia e a paciência.
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