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Encerrando 2016

sábado, 24 de dezembro de 2016

2016 está acabando e eu serei mãe em 2017! Uau!
Sobre este fato inusitado e transformador que me espera para o ano que se aproxima, tenho algumas considerações a fazer.
Afora todos os comentários de amigas mamães, parentes, mães do mundo em geral sobre a maternidade, há coisas mais marcantes a serem notadas, as quais vão muito além do "ah, é maravilhoso ser mãe", "ah, é a melhor coisa que pode acontecer a uma mulher", "ouwn, toda mulher deve ser mãe!", etc. O que eu digo é, não, nem toda mulher deve e nem toda mulher quer ser mãe. Eu queria, um dia, e decidi que este dia havia chegado!
Juntamente com o susto do teste positivo, mesmo sendo uma gravidez planejada, o primeiro pensamento que me veio foi "E agora, Priscila?", "Agora vá, mesmo com medo", respondi a mim mesma.
Acontece que, com a notícia da chegada de um bebê, muita alegria se instaurou ao nosso redor, e isso me surpreendeu. A espera pelo nascimento de uma criança renova energias, laços, formam-se novos vínculos e tudo se torna tão cheio de vida quanto o bebê que cresce em seu ventre.
O que percebo, nestes meses de gestação, é muito mais que uma vida sendo gerada dentro do meu corpo: é um milagre que se expande e contagia.
É assim que concluo que a Ingrid chegará muito bem-vinda, trazendo muita alegria, surpresas e admiração, juntamente com o choro, as noites sem dormir e os sorrisos inesperados. Será tempo de novas descobertas, e tudo isto faz parte do milagre que a vida me promete para 2017. E vai ser grande!

Boas Festas a todos!!! ;)



Paisagem 35 - A galinha do vizinho

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Foto minha!


Há alguns dias notei que uma galinha anda circulando nos telhados, de frente para minha janela. Quando ela some, geralmente desce até a casa do vizinho, ou dorme embaixo da caixa d’água de outra vizinha. A galinha é preta, e tranquila, não incomoda nem mesmo os gatos que tomam seus longos banhos de sol sobre o mesmo telhado. Hoje, após muitos dias observando-a, flagrei-me a pensar sobre a galinha: será que tem companheiras lá embaixo, que não são tão corajosas a ponto de subir e explorar os telhados? Será que é a única, em meio a este caos que é a cidade grande, onde ninguém mais cria galinhas? Seria uma galinha solitária? (tadinha! Galinhas não precisam socializar com outras galinhas?) – desculpem a minha ignorância, mas estas perguntas são verdadeiras, pois não entendo de galinhas. Acabei de olhar pela janela. A galinha está tomando sol ao lado da caixa d’água. Tive medo, por um minuto, de amanhã ou depois ela não estar mais lá, ao sol. Não conheço os vizinhos seus donos, não sei se a comerão amanhã, ou se farão alguma mandinga com o seu corpo preto (a galinha é preta). Joguei uns farelos de bolacha e ela me olha desconfiada. Ainda estou com medo de acordar e não tê-la mais na paisagem feia de minha janela: telhados velhos, caixas d’água e uma galinha preta. Melhor eu parar de pensar sobre o futuro... se nem mesmo de galinhas eu entendo!


... em andamento!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

"Há pessoas sãs que acreditam em cada coisa! E há pessoas desvairadas que acreditam em coisas lindas e exactas. E há pessoas sãs de cabeça e de corpo que não acreditam em nada, nem no ar, nem nos bichos, nem nos corpos, nem em nada. Todos têm medo da estranha por estar a começar a deixar de o ser, mas o contrário é a tristeza. É melhor a desgraça ou a tragédia que a tristeza. Na tristeza não acontece nada. Na desgraça ou na tragédia ainda a gente se entretém." (O sol morreu aqui - João Negreiros)

Bilhetinho para o Alex

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Esses dias, após meses de abandono do blog por esta dona ingrata e preguiçosa, recebi a visita de um leitor chamado Alex, que me animou muito, e me encorajou a retomar o blog nestes próximos dias!

Alex, um pouco do abandono se deu por preguiça, mas continuo escrevendo nas folhinhas espalhadas pela minha escrivaninha... obrigada pelo elogio e pela força! O corpo, às vezes, é meio devagar... mas a cabeça não para ;)

Boas festas, galera! We're back soon" ;)

O ódio nosso de cada dia

sexta-feira, 7 de agosto de 2015


“O amor nunca falha, e a vida não falhará enquanto houver amor”
(Henry Drummond)

Certa vez, numa estação de trem de uma grande cidade turística em algum lugar do mundo, ouvi um homem esbravejar contra um grupo de turistas norte-americanos proferindo palavras de ódio contra uma nação e contra todo um sistema. Seu ódio era escancarado sobre os trilhos da estação, lançado à queima-roupa sobre a cara das pessoas que mal compreendiam a origem de sua fúria. Um ser humano acuado, machucado e marcado por uma ideologia extremista que culpa e condena o outro por seu “suposto” sofrimento.

Também vejo, quase todos os dias, na internet e na TV, discursos de ódio proferidos contra homossexuais, contando com ameaças e xingamentos de todos os níveis. Afrontas e ameaças a toda forma de amor, cumplicidade e compreensão do ser humano. Quisera eu compreender o ódio crescente nos corações amargurados dos proclamadores do ódio. E, infelizmente, a legião dos odiadores apenas cresce.
Odeiam, inclusive, o cabelo Black das crianças, subjugando-as à ditadura dos cabelos lisos à chapinha, padrões insignificantes e destruidores de toda uma identidade. Juntamente com o cabelo, poda-se o ideal, a originalidade e a raiz, que enfraquece, enfraquece, e sucumbe até a total extinção.
Ódio sem fundamento, alimentado por opiniões diversas e adversas sobre qualquer coisa, mínima que seja. Ódio propagado e transformado em violência, física e verbal, e que toma espaço atropelando o bom senso, a dignidade e a vida do próximo.
E assim, aos poucos, a atmosfera pesada vai tomando lugar na paisagem cotidiana da humanidade, que caminha a passos largos para o precipício da intolerância e incompreensão, com tecnologias de ponta e mentalidade de grão de feijão. Uma vez, aquele carequinha sábio* que faz discursos bonitos disse: “Um covarde é incapaz de demonstrar amor. Isso é privilégio dos corajosos”. Mal sabe ele que nossas crianças estão crescendo em meio à covardia, à incompreensão e ao ódio. Ou talvez ele saiba, mas acredite tão piamente no ser humano, que seu amor, um dia, contaminará os corações dos que passarem por seu caminho.
Talvez ele acredite na flor feia de Drummond, que fura o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio**. Eu tenho as minhas dúvidas, mas vejo, ainda, a flor tímida germinando nas falhas deste asfalto quente pelo qual caminhamos dia após dia. Diariamente mantenho os olhos fixos, cuidando para que não a maltratem, afinal, se ela furar o ódio, estaremos salvos!

*Mahatima Ghandi
** Poema A flor e a náusea, de Carlos Drummond de Andrade

Texto publicado na Revista Escrita Pulsante
 

A expressão pela arte

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A arte expressando a nossa realidade à queima-roupa! As imagens foram retiradas do Facebook, sem autor conhecido!





Julho

quinta-feira, 2 de julho de 2015

"A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." (Guimarães Rosa)
Coragem para levantar todos os dias e trabalhar;
Coragem para lidar com as pessoas;
Coragem para lidar com os relacionamentos;
Coragem para enfrentar os desafios e armadilhas do destino.
Coragem, gente, que julho começa!! :)

PS: Voltamos!!!

O grande consultório chamado Terra

terça-feira, 30 de junho de 2015

Talvez o mundo tenha se transformado em um grande consultório psiquiátrico, e eu não tenha percebido. Textos de autoajuda proliferam em minha timeline, nos blogues e até nos artigos de jornais. 
Preciso de um conselho para aliviar esta dor de coração partido. Preciso aprender a viver. Se eu deixar de dar valor às coisas materiais, vou começar a ser feliz. Viaje. Como é que faz para ser feliz? Passaram-me a receita, como se fosse a de um bolo de forno. Mas você seguiu a receita direitinho? Sim, sim! E não está feliz? Como faz? E esta busca incessante do ser humano por felicidade aumenta a cada dia, hoje ainda mais. Não há regras. Não há muita complicação. Siga o conselho do Buda, aqui, e seja feliz!


Os escravos do sistema

quinta-feira, 19 de março de 2015

Texto meu publicado na Revista Escrita Pulsante!

Às 14h de uma tarde ensolarada, na agência sem ar-condicionado do Banco X, a funcionária responde à senhorinha grisalha que deseja atendimento que seu problema não será resolvido porque o banco “tá sem sistema”. Já no Banco Y, o sistema cobra mensalmente de minha conta uma taxa sobre um serviço que não utilizo e, ao questionar a gerente sobre a cobrança indevida, e se não há meio de interromper tais cobranças mensais, ouço um “não consigo, é o sistema que cobra automático”.

Estas situações me fizeram refletir sobre esse tal sistema, que no Banco X simplesmente desaparece, e deixa centenas de clientes sem atendimento, e o sistema que, no Banco Y, assume vida própria e faz as cobranças que quer, na hora que quer.

O título deste texto até sugere um discurso anti-capitalista, anti-bancos, anti-FMI e anti-tudo, mas, na verdade, caros leitores, há em si uma triste premonição sobre uma geração de escravos dos sistemas criados por nossos próprios especialistas.

Sistemas que abrem e fecham portas, que fazem contas, que dirigem carros e que fazem medições. Já prevejo um futuro amedrontador: sistemas que realizam cirurgias, que arrancam dentes e gerem o destino das pessoas. Amanhã, o próprio sistema levantará de sua mesa e virá ao meu encontro, na recepção, e me dirá “não podemos atendê-la hoje, senhora, volte amanhã”, e sairei impotente, como o fez hoje a senhorinha grisalha que encontrei pela tarde, e me recolherei à minha insignificância de ser humano. De volta à minha casa, o sistema que abre a porta não me deixará entrar antes do horário programado, e o sistema que passeia com meu cachorro deixará que ele escape, e eu o perca para sempre. Que triste esse futuro sistematizado.

Mais tarde, verifico o extrato de minha conta e o valor cobrado pelo sistema com vida própria foi devolvido. Pelo menos por mais esta noite posso dormir tranquila: a gerente venceu o sistema. Por enquanto.

Fevereiro

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015



Eu queria lhes dizer algo diferente neste dia, mas não consigo. Bombardeada por uma infinidade de informações úteis misturadas às inúteis, aos testes sobre relacionamento e textos de auto-ajuda, o escândalo da Petrobrás e o impeachment da Presidenta na “Terra do Nunca”, uma vastidão de assuntos non sense e cheios de nada, que apenas aumentam o meu tédio. É terça-feira ainda, mas não mudaria nada se fosse sexta. Tenho trabalho que não quero fazer, pessoas que preciso ver, abraços que não consigo dar e um dia para preencher, ainda não tenho ideia de como! E fevereiro está acabando. Eu ia dizer que isto não faz diferença, mas faz. O passar do tempo sempre faz diferença... 


Paisagem XXXII - Dezembro

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014



Vejo cachorros sendo tratados como príncipes e homens tratados como ratos de esgoto. Qual será o critério utilizado pelo Universo quando se trata de merecimento? Quem merece o quê, e como? A meritocracia cósmica é mais cruel que a dos homens, penso enquanto caminho. Atração, reação, merecimento: eu mereço essa inquietude que tudo questiona, e procuro respostas que nunca terei. Atração, reação, merecimento: é melhor que eu agradeça, na noite de Natal, o chester sobre a mesa. Honrar a vida do animal morto em nome do nascimento do Homem que está sendo aos poucos esquecido. Se aplicarmos o conceito de meritocracia, vira blasfêmia? Acho que sim, melhor parar por aqui e agradecer: pelo chester, pelo cachorro, por não estar no esgoto com os ratos. Ano que vem começa tudo de novo, se você merecer um ano novo.   

A propósito, Feliz Ano Novo!!! :) 


Nossa omissão de cada dia!

domingo, 19 de outubro de 2014


Outubro começou de forma chocante, com um grito desesperado pela manhã pedindo socorro. Não um grito meu, mas o grito de alguém que precisa de ajuda por dentro, para uma angústia que já não cabia mais no peito e transbordou nas frases disparadas na rua onde moro. E mais triste que ouvir os gritos de socorro é perceber a sua impotência diante do outro que sofre. E mais triste que a sua impotência é a sua omissão. A gente diz que é bom e reza todas as noites. A gente joga o lixo no lixo e deixa livre o lugar dos idosos. E a gente acha que isso é o suficiente. Mas não é... é preciso não ser omisso, caro leitor! Não seja omisso!
 
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