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Paisagem 37 - A formação do sorriso

quarta-feira, 26 de julho de 2017


Dia desses, Ingrid Maria me olhou nos olhos de forma fixa, e sem desviar o olhar, com os olhos brilhando, meio verdes como só os que ela têm, e um sorriso foi se formando no canto da boquinha banguela, aos poucos, vindo de dentro, vindo do fundo de toda a inocência, de todo do amor, de todo o reconhecimento. Eu acho que foi neste momento que eu descobri o que é o amor de mãe.

Mundo, mundo, vasto mundo! Estamos de volta...

Encerrando 2016

sábado, 24 de dezembro de 2016

2016 está acabando e eu serei mãe em 2017! Uau!
Sobre este fato inusitado e transformador que me espera para o ano que se aproxima, tenho algumas considerações a fazer.
Afora todos os comentários de amigas mamães, parentes, mães do mundo em geral sobre a maternidade, há coisas mais marcantes a serem notadas, as quais vão muito além do "ah, é maravilhoso ser mãe", "ah, é a melhor coisa que pode acontecer a uma mulher", "ouwn, toda mulher deve ser mãe!", etc. O que eu digo é, não, nem toda mulher deve e nem toda mulher quer ser mãe. Eu queria, um dia, e decidi que este dia havia chegado!
Juntamente com o susto do teste positivo, mesmo sendo uma gravidez planejada, o primeiro pensamento que me veio foi "E agora, Priscila?", "Agora vá, mesmo com medo", respondi a mim mesma.
Acontece que, com a notícia da chegada de um bebê, muita alegria se instaurou ao nosso redor, e isso me surpreendeu. A espera pelo nascimento de uma criança renova energias, laços, formam-se novos vínculos e tudo se torna tão cheio de vida quanto o bebê que cresce em seu ventre.
O que percebo, nestes meses de gestação, é muito mais que uma vida sendo gerada dentro do meu corpo: é um milagre que se expande e contagia.
É assim que concluo que a Ingrid chegará muito bem-vinda, trazendo muita alegria, surpresas e admiração, juntamente com o choro, as noites sem dormir e os sorrisos inesperados. Será tempo de novas descobertas, e tudo isto faz parte do milagre que a vida me promete para 2017. E vai ser grande!

Boas Festas a todos!!! ;)



"Todos dizem eu te amo"

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Primeiramente, #ForaTemer (desculpem, não resisti!).
"Segundamente", não, este texto não é baseado no filme de Woody Allen.

Acontece que sempre tive dificuldade com esta frase, por acreditar que ela significa muito mais que a expressão verbal de um sentimento ou afeição. Para mim, um "eu te amo" não é cumprimento ao desligar o telefone, não é frase de apaziguamento de brigas, não é xaveco. Por isso muitas vezes sou considerada cética ou insensível, como quiserem chamar. Quando ouço um "eu te amo", logo faço uma análise profunda, que começa nos olhos do falante, passando pela expressão facial, os gestos das mãos, sobrancelhas, suor. Analiso o tom de voz, a sinceridade do olhar, a capacidade de concentração. Só então lanço o veredito sobre se há ou não amor. Se amo reciprocamente, respondo. Se tenho dúvidas, silencio. Observo os casais, as pessoas, famílias, e vejo a palavra amor se perdendo em meio às frases soltas ao vento, no xaveco mal formulado ou nos olhares desinteressados e enfadonhos. Eu acredito no amor, porém, é preciso lidar com as palavras. É preciso saber a sua força.


Bem me quer II

terça-feira, 15 de março de 2016

Bem me quer
Dê-me suas mãos
Mal me quer
Não diga não
Bem me quer
com seu olhar
Mal me quer
não tem lugar!

(Priscila Silva)
 
Ano #2



Sobre nascimentos e mortes

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

E então olhei para ele e disse que sim, que este seria o momento. O que vejo, a partir então, é um olhar de aprovação e esperança, desejo e ansiedade, numa mistura gostosa e tranquila de se ver e presenciar. Talvez seja mesmo o momento de deixar a menina morrer, e vir ao mundo a mulher! Talvez... :)

Das declarações de amor - 3

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Muitas vezes, aquele olhar mais demorado, o aperto de mão mais firme ou o abraço mais apertado são declarações mais concretas que palavras, e é com elas que se constroem os grandes amores...


Paisagem 33 - Flores

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

 
A moça chorava enquanto segurava um buquê de flores nas mãos, em pé, no trem, às 21h do dia em que principiava a primavera. Nada mais bonito e significativo, pensava eu. Sempre invejei mulheres com buquês, imaginando a cena que precedera a entrega, e a declaração de amor implícita nas pétalas das rosas vermelhas. Vermelho paixão: clichê. Mas aquela moça, naquela noite, tinha uma tristeza nos olhos, que tentava esconder com a cabeça baixa, em meio aos cabelos. Percebi também que chorava, meio abafado, disfarçando os soluços entre as respirações. Sempre imaginei a alegria de receber um buquê, mas talvez, naquele momento, as flores representassem uma despedida, ou palavras amargas em um cartão mal escrito, vai saber. Eu sempre invejara mulheres com buquês, mas naquele dia, olhando pelo reflexo, eu sentia apenas pena.
 
Feliz 2016! ;)
 

O grande consultório chamado Terra

terça-feira, 30 de junho de 2015

Talvez o mundo tenha se transformado em um grande consultório psiquiátrico, e eu não tenha percebido. Textos de autoajuda proliferam em minha timeline, nos blogues e até nos artigos de jornais. 
Preciso de um conselho para aliviar esta dor de coração partido. Preciso aprender a viver. Se eu deixar de dar valor às coisas materiais, vou começar a ser feliz. Viaje. Como é que faz para ser feliz? Passaram-me a receita, como se fosse a de um bolo de forno. Mas você seguiu a receita direitinho? Sim, sim! E não está feliz? Como faz? E esta busca incessante do ser humano por felicidade aumenta a cada dia, hoje ainda mais. Não há regras. Não há muita complicação. Siga o conselho do Buda, aqui, e seja feliz!


Abriu-se abril!

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Imagem: google imagens

Abriu-se abril
com ares amenos
em cenário hostil
e eu nem percebi que em meu calendário
as páginas saltavam 
e o mês quatro
já batia à minha porta
dizendo baixinho,
com voz suave
"vai, menina, não espere que eu também me acabe..."
 
(Priscila Silva)
 
 

Sobre liberdade

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Eu conheci um menino que abre gaiolas para libertar pássaros. Diz ele que os pássaros não foram feitos para prisões, mas sim para cantarem a liberdade. Agora, todos os dias, acordo sobressaltada com medo de que ele, livre como seus pássaros, tenha alçado voo enquanto eu durmo. E como é difícil deixar as portas abertas, para que nossa vida não seja feita de prisões, e sim de querências e do desejo de ficar.

Wellcome, 2015! :)

Meu relicário

sexta-feira, 31 de outubro de 2014



Uma mão, um abraço, uma noite inteira guardada num relicário. “O mundo está ao contrário e ninguém reparou”... claro que não, o mundo parou quando você chegou ao seu lado.




Nossa omissão de cada dia!

domingo, 19 de outubro de 2014


Outubro começou de forma chocante, com um grito desesperado pela manhã pedindo socorro. Não um grito meu, mas o grito de alguém que precisa de ajuda por dentro, para uma angústia que já não cabia mais no peito e transbordou nas frases disparadas na rua onde moro. E mais triste que ouvir os gritos de socorro é perceber a sua impotência diante do outro que sofre. E mais triste que a sua impotência é a sua omissão. A gente diz que é bom e reza todas as noites. A gente joga o lixo no lixo e deixa livre o lugar dos idosos. E a gente acha que isso é o suficiente. Mas não é... é preciso não ser omisso, caro leitor! Não seja omisso!

Das coisas que vão, das coisas que ficam...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014



Das folhas que caíram, do branco que passou, dos dias que acabaram, das coisas que ficaram... da música que não ouvi, das mãos que não toquei, das coisas que falei, das coisas que não disse... da presença que chega e fica, da distância de some e se vai, das dúvidas que surgem e incomodam, do olhar que tranquiliza e acalma... entre as coisas que quero que fiquem estão os teus dedos dentre as minhas mãos, nada mais.


 
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