2º Bilhetinho para o Holandês Voador (Gullander)

domingo, 31 de maio de 2009





Se, algum dia, em meio às tormentas do Maelström, meu
barco for lançado às águas calmas da bela Amsterdam,
espero que tomemos um café juntos, caro Holandês!


Imagem: Amsterdam - André Viegas

No metrô

sexta-feira, 29 de maio de 2009


Imagem: Só fotos!


Metrô de São Paulo.

Linha vermelha que leva da Barra Funda à Itaquera, 08:30 da manhã.

Uma mulher, sentada no banco próximo à porta, conversa consigo mesma.

Pensamentos em voz alta contra o Governo, o Estado, impostos.
"Tantos anos trabalhando...", "... nenhum valor...", "são todos iguais".

O homem ao lado olha, debochando. A moça observa, curiosa.

Eu não olho, pois olhares ferem a dignidade no encontro com pensamentos dispersos pelo ar. Não pelo ato de olhar em si, mas pelos pensamentos que se escondem por detrás de cada lente.

Vontade de cantar

terça-feira, 26 de maio de 2009


Não sei o que está acontecendo comigo, estou ouvindo MPB (às vezes!) rsrs

Esta música eu conheci num comentário da Bia, lá no Liberdade Perfeita.


Não vá embora
(Marisa Monte)


E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida

Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo

Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais

Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero



Prefiro papel!!!

domingo, 24 de maio de 2009

O programa Mtv Debate dessa semana discutiu o tema "A mídia impressa vai acabar?", questão que já vem sendo discutida há tempos pela sociedade moderna, afinal, com apenas um clique temos todas as notícias diárias, livros on line, horóscopo, resumo de novelas (rsrs), enfim, tudo o que antes fazia parte das revistas e jornais que comprávamos nas banquinhas na esquina de casa!

Ambas têm suas vantagens e desvantagens, como, por exemplo, o conforto do jornal impresso, lendo dentro do ônibus ao ir para o trabalho, ou daquela revista jogada em cima da mesinha de centro, que você lê quando não tem mais nada para fazer. Na internet, a vantagem das notícias minuto a minuto ou o resultado daquele jogo chato... Tudo prático, na hora em que acontece, durante o tempo livre no trabalho ou em casa no seu notebook, sentado na cama.

Talvez, como o Marcelo Tas comenta durante o debate, as duas formas de mídia apenas "convivam", como é o ideal que se aconteça! Eu, por exemplo, não troco um livro impresso por um e-book: o cheirinho de papel, a comodidade de ler em qualquer lugar, a qualquer hora...

Aqui está um trecho do programa, o único que achei!




Impressões

sexta-feira, 22 de maio de 2009


Continuo escrevendo pequenos textos e frases, que sofrem pequenas alterações...

Essas alterações me deixam triste, de uma tristeza funda que não sabe para onde vai.

E eu sinto o mundo ao meu redor, e tudo sendo e acontecendo. E eu sinto distâncias e aproximações.
E eu sinto possibilidades e um horizonte intangível.

E eu sinto perdas e desejos...

Mas "não tenho medo de chuvas tempestivas... nem das grandes ventanias soltas... pois eu também sou o escuro da noite" - frase de Clarice Lispector. E tudo vai passar.

Sobre relva

terça-feira, 19 de maio de 2009


"Uma criança disse, O que é a relva? trazendo um tufo em suas mãos;
O que dizer a ela?... sei tanto quanto ela o que é a relva.
Vai ver é a bandeira do meu estado de espírito, tecida de uma substância de esperança verde.
Vai ver é o lenço do Senhor,
Um presente perfumado e o lembrete derrubado por querer,
com o nome do dono bordado num canto, para que possamos ver e examinar, e dizer: É seu?"
(Trecho de Canção de mim mesmo - Walt Whitman)

Pela manhã...

segunda-feira, 18 de maio de 2009



Hoje pela manhã, pensei em você...

Me deu uma saudade tão grande, tão grande, dos seus cabelos, dos seus olhos, das suas costas...

E hoje nem é sexta-feira...

Ô vício, parte II

domingo, 17 de maio de 2009


2 DIAS SEM TELEFONE E 1 SEMANA SEM INTERNET!
Tudo por causa da maldita companhia de telefone de São Paulo!
Abaixo o monopólio, a falta de opção... também, quem manda morar no fim do mundo, dominado por uma única empresa!
E o pior, passei tanta raiva durante a semana que não tenho idéias para escrever... o ódio consumiu o meu ser!
É, mais um post mau-humorado!

Sobre recomeços

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Todo mundo deveria ter direito a um recomeço, por mais indigna que a pessoa pareça. No recomeço, atentamos aos erros já cometidos para não repeti-los propositalmente.

Às vezes, o destino obriga a repetição e o círculo da existência no qual estamos presos (a morte liberta???) cumpre sua função de manter a circularidade.

Sou redundante? Não, a repetição é parte integrante do círculo.

No recomeço, os criminosos deveriam viver honestamente; os que perderam grandes oportunidades na vida teriam uma segunda chance para dizer sim; os amantes teriam o tempo que faltou para dizerem o que não disseram.

Eu mereço um recomeço. Mas, presa que estou dentro da circularidade, conseguiria me libertar do que está fadado a acontecer? Talvez o recomeço não seja o caminho certo, e a caminhada, ao continuar, conduza ao verdadeiro sentido das coisas.


PS: A Lorena me disse algo que gostei muito, e que, depois, descobri serem versos do Drummond:
"E as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão."

Ainda!

segunda-feira, 4 de maio de 2009


Ainda há a espera no mesmo lugar de sempre.
Ainda há o toque de suas mãos.
Há também o orgulho que grita pelo objeto perdido.
Há também o sentimento de que seus olhos não me perderam, pois há algo de reconfortante na paranóia.
Ainda há uma bagunça cósmica em meus escritos e a minha letra é a mesma do bilhete, e não consegue se acertar.
Ainda há a sua voz.
Mas porque não pode haver um recomeço?

Foto: Não sou eu é a Outra

Ofício!

sábado, 2 de maio de 2009

"No tempo em que trabalhava na companhia de águas e esgotos ele pensou em abandonar tudo para viver de escrever. Mas João, um amigo que havia publicado um livro de poesia e outro de contos e estava escrevendo um romance de seiscentas páginas, lhe disse que o verdadeiro escritor não devia viver do que escrevia, era obsceno, não se podia servir à arte e a Mammon ao mesmo tempo, portanto era melhor que Epifânio ganhasse o pão de cada dia na companhia de águas e esgotos, e escrevesse à noite. (...) João dizia que havia um ônus a pagar pelo ideal artístico, pobreza, embriaguez, loucura, escárnio dos tolos, agressão dos invejosos, incompreensão dos amigos, solidão, fracasso. E provou que tinha razão morrendo de uma doença causada pelo cansaço e pela tristeza, antes de acabar seu romance de seiscentas páginas. Que a viúva jogou no lixo, junto com outros papéis velhos."

Rubem Fonseca. Romance negro e outras histórias. "A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro".

Chocante, não acham???


Sobre o meu olhar...

A Maria disse que sou suave e tenho olhos envergonhados...
Será?
Acho que sim...

 
FREE BLOGGER TEMPLATE BY DESIGNER BLOGS