Bilhetinho para o Alex

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Esses dias, após meses de abandono do blog por esta dona ingrata e preguiçosa, recebi a visita de um leitor chamado Alex, que me animou muito, e me encorajou a retomar o blog nestes próximos dias!

Alex, um pouco do abandono se deu por preguiça, mas continuo escrevendo nas folhinhas espalhadas pela minha escrivaninha... obrigada pelo elogio e pela força! O corpo, às vezes, é meio devagar... mas a cabeça não para ;)

Boas festas, galera! We're back soon" ;)

Manhê, tô no youtube! :D

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O canal Dance Escondida, do Youtube, fez uma entrevista com a equipe do projeto Revista Escrita Pulsante. Clica ae! :D


O ódio nosso de cada dia

sexta-feira, 7 de agosto de 2015


“O amor nunca falha, e a vida não falhará enquanto houver amor”
(Henry Drummond)

Certa vez, numa estação de trem de uma grande cidade turística em algum lugar do mundo, ouvi um homem esbravejar contra um grupo de turistas norte-americanos proferindo palavras de ódio contra uma nação e contra todo um sistema. Seu ódio era escancarado sobre os trilhos da estação, lançado à queima-roupa sobre a cara das pessoas que mal compreendiam a origem de sua fúria. Um ser humano acuado, machucado e marcado por uma ideologia extremista que culpa e condena o outro por seu “suposto” sofrimento.

Também vejo, quase todos os dias, na internet e na TV, discursos de ódio proferidos contra homossexuais, contando com ameaças e xingamentos de todos os níveis. Afrontas e ameaças a toda forma de amor, cumplicidade e compreensão do ser humano. Quisera eu compreender o ódio crescente nos corações amargurados dos proclamadores do ódio. E, infelizmente, a legião dos odiadores apenas cresce.
Odeiam, inclusive, o cabelo Black das crianças, subjugando-as à ditadura dos cabelos lisos à chapinha, padrões insignificantes e destruidores de toda uma identidade. Juntamente com o cabelo, poda-se o ideal, a originalidade e a raiz, que enfraquece, enfraquece, e sucumbe até a total extinção.
Ódio sem fundamento, alimentado por opiniões diversas e adversas sobre qualquer coisa, mínima que seja. Ódio propagado e transformado em violência, física e verbal, e que toma espaço atropelando o bom senso, a dignidade e a vida do próximo.
E assim, aos poucos, a atmosfera pesada vai tomando lugar na paisagem cotidiana da humanidade, que caminha a passos largos para o precipício da intolerância e incompreensão, com tecnologias de ponta e mentalidade de grão de feijão. Uma vez, aquele carequinha sábio* que faz discursos bonitos disse: “Um covarde é incapaz de demonstrar amor. Isso é privilégio dos corajosos”. Mal sabe ele que nossas crianças estão crescendo em meio à covardia, à incompreensão e ao ódio. Ou talvez ele saiba, mas acredite tão piamente no ser humano, que seu amor, um dia, contaminará os corações dos que passarem por seu caminho.
Talvez ele acredite na flor feia de Drummond, que fura o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio**. Eu tenho as minhas dúvidas, mas vejo, ainda, a flor tímida germinando nas falhas deste asfalto quente pelo qual caminhamos dia após dia. Diariamente mantenho os olhos fixos, cuidando para que não a maltratem, afinal, se ela furar o ódio, estaremos salvos!

*Mahatima Ghandi
** Poema A flor e a náusea, de Carlos Drummond de Andrade

Texto publicado na Revista Escrita Pulsante
 

A expressão pela arte

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A arte expressando a nossa realidade à queima-roupa! As imagens foram retiradas do Facebook, sem autor conhecido!





Paisagem XXXIII - Meio-fio

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O corpo estirado no meio-fio me mostra que ainda não sei lidar com a morte. Mesmo consciente de que é o destino final de todo ser vivo, o sangue que escorre pela calçada me choca, e vejo-me no reflexo da janela do ônibus com os olhos lacrimejantes e expressão triste. A "indesejada das gentes", como a chamava Bandeira, não se importa com os anos de experiência, com a vida vivida ou com os filhos que você deixou. Ela cumpre seu papel, estando pronto ou não para a partida. O corpinho estirado no meio-fio não tinha preocupações, não deixou um emprego, nem mesmo filhos. Ainda com a cabeça recostada no vidro da janela, penso, talvez tivera uma vida feliz.


Julho

quinta-feira, 2 de julho de 2015

"A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." (Guimarães Rosa)
Coragem para levantar todos os dias e trabalhar;
Coragem para lidar com as pessoas;
Coragem para lidar com os relacionamentos;
Coragem para enfrentar os desafios e armadilhas do destino.
Coragem, gente, que julho começa!! :)

PS: Voltamos!!!

O grande consultório chamado Terra

terça-feira, 30 de junho de 2015

Talvez o mundo tenha se transformado em um grande consultório psiquiátrico, e eu não tenha percebido. Textos de autoajuda proliferam em minha timeline, nos blogues e até nos artigos de jornais. 
Preciso de um conselho para aliviar esta dor de coração partido. Preciso aprender a viver. Se eu deixar de dar valor às coisas materiais, vou começar a ser feliz. Viaje. Como é que faz para ser feliz? Passaram-me a receita, como se fosse a de um bolo de forno. Mas você seguiu a receita direitinho? Sim, sim! E não está feliz? Como faz? E esta busca incessante do ser humano por felicidade aumenta a cada dia, hoje ainda mais. Não há regras. Não há muita complicação. Siga o conselho do Buda, aqui, e seja feliz!


Abriu-se abril!

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Imagem: google imagens

Abriu-se abril
com ares amenos
em cenário hostil
e eu nem percebi que em meu calendário
as páginas saltavam 
e o mês quatro
já batia à minha porta
dizendo baixinho,
com voz suave
"vai, menina, não espere que eu também me acabe..."
 
(Priscila Silva)
 
 

Os escravos do sistema

quinta-feira, 19 de março de 2015

Texto meu publicado na Revista Escrita Pulsante!

Às 14h de uma tarde ensolarada, na agência sem ar-condicionado do Banco X, a funcionária responde à senhorinha grisalha que deseja atendimento que seu problema não será resolvido porque o banco “tá sem sistema”. Já no Banco Y, o sistema cobra mensalmente de minha conta uma taxa sobre um serviço que não utilizo e, ao questionar a gerente sobre a cobrança indevida, e se não há meio de interromper tais cobranças mensais, ouço um “não consigo, é o sistema que cobra automático”.

Estas situações me fizeram refletir sobre esse tal sistema, que no Banco X simplesmente desaparece, e deixa centenas de clientes sem atendimento, e o sistema que, no Banco Y, assume vida própria e faz as cobranças que quer, na hora que quer.

O título deste texto até sugere um discurso anti-capitalista, anti-bancos, anti-FMI e anti-tudo, mas, na verdade, caros leitores, há em si uma triste premonição sobre uma geração de escravos dos sistemas criados por nossos próprios especialistas.

Sistemas que abrem e fecham portas, que fazem contas, que dirigem carros e que fazem medições. Já prevejo um futuro amedrontador: sistemas que realizam cirurgias, que arrancam dentes e gerem o destino das pessoas. Amanhã, o próprio sistema levantará de sua mesa e virá ao meu encontro, na recepção, e me dirá “não podemos atendê-la hoje, senhora, volte amanhã”, e sairei impotente, como o fez hoje a senhorinha grisalha que encontrei pela tarde, e me recolherei à minha insignificância de ser humano. De volta à minha casa, o sistema que abre a porta não me deixará entrar antes do horário programado, e o sistema que passeia com meu cachorro deixará que ele escape, e eu o perca para sempre. Que triste esse futuro sistematizado.

Mais tarde, verifico o extrato de minha conta e o valor cobrado pelo sistema com vida própria foi devolvido. Pelo menos por mais esta noite posso dormir tranquila: a gerente venceu o sistema. Por enquanto.

Fevereiro

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015



Eu queria lhes dizer algo diferente neste dia, mas não consigo. Bombardeada por uma infinidade de informações úteis misturadas às inúteis, aos testes sobre relacionamento e textos de auto-ajuda, o escândalo da Petrobrás e o impeachment da Presidenta na “Terra do Nunca”, uma vastidão de assuntos non sense e cheios de nada, que apenas aumentam o meu tédio. É terça-feira ainda, mas não mudaria nada se fosse sexta. Tenho trabalho que não quero fazer, pessoas que preciso ver, abraços que não consigo dar e um dia para preencher, ainda não tenho ideia de como! E fevereiro está acabando. Eu ia dizer que isto não faz diferença, mas faz. O passar do tempo sempre faz diferença... 


Bem me quer!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Bem me quer, 
Mal me quer,
Bem me quer...
Melhor me quer...
Bem me quer...
Sim, me quer!
Bem, me quer?
Sim, eu quero!
Bem, me quer?
Sim, te quero!
Bem me quer
Para sempre?
Sim, te quero!
Para sempre! 
Mas deixe em paz estas florzinhas... 

;)
(Priscila M.)


Sobre liberdade

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Eu conheci um menino que abre gaiolas para libertar pássaros. Diz ele que os pássaros não foram feitos para prisões, mas sim para cantarem a liberdade. Agora, todos os dias, acordo sobressaltada com medo de que ele, livre como seus pássaros, tenha alçado voo enquanto eu durmo. E como é difícil deixar as portas abertas, para que nossa vida não seja feita de prisões, e sim de querências e do desejo de ficar.

Wellcome, 2015! :)
 
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