Paisagem XXIII - Castelo

domingo, 28 de abril de 2013


Ela disse que recolheria todas as pedras do caminho, e que, com elas, ergueria o seu castelo. Saiu andando com as pedras na bolsa e nos bolsos, mas não sabia que seriam tantas, a ponto de cansar os seus joelhos e machucar os seus pés pela estrada afora. Caiu algumas vezes e suas feridas sararam, surgindo cicatrizes. São as marcas que a vida deixara em sua trajetória. Uma vez dissera também que não deixaria legado, porque o mundo é cruel e ingrato. As pessoas também o são. É por isso que ela segue sozinha, com suas pedras, e o seu castelo que está por vir.

Neruda



Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

[poema retirado do referido link ;)]

Eu te dedico...

sábado, 27 de abril de 2013

E essa música vai para... para... para quem quiser! :)


Rewrite

terça-feira, 9 de abril de 2013


E se nós voltássemos no tempo e reescrevêssemos aquela cena, como se fazem nos teatros, por detrás das cortinas? A cor da noite, as escadas da estação e o último abraço. O beijo. O que você escreveria? Como terminaria aquela noite? Terminaria aquela noite? Amanheceria aquela noite? Como seria aquela noite, se você pudesse reescrever aquela cena, como nos teatros, por detrás das cortinas? E se pudéssemos... e se fizéssemos... e se amássemos...

Foto: http://50mm.jp/commute/

Eu acho!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ela diz que viaja para conhecer o mundo.
Eu acho que ela viaja para encontrar a si mesma.

Das máquinas!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

"(...) já eu quisera no límen do milênio
número três testar noutro sistema
minha agnose firmado no convênio

que a nova cosmofísica por tema
estatuiu: a explosão primeva o big-
-bang - quiçá desenigme-se o dilema!

quem à mundana máquina se ligue
já não há: o cosmólogo "ruído
de fundo" diz - irradiação repique

do primigênio estrondo do inouvido
explodir que arremessa pó de estrelas
fervente caldo cósmico expandido

feito de fogo líquido ou daquelas
cristalfluidas nonadas comburentes
a resolver-se em sopa de parcelas

espaço afora centelhando irruentes:
ninguém fala hoje em dia em maquinária
do mundo concentrando continentes (...)"

(Haroldo de Campos - A máquina do mundo repensada)

 
FREE BLOGGER TEMPLATE BY DESIGNER BLOGS