História de vizinha

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014


Minha ex-vizinha tinha grandes planos sendo elaborados minuciosamente enquanto trabalhava na cozinha de um restaurante, todos os dias (folgando às quartas-feiras). Um dia ela me contou, “estou juntando dinheiro, minha patroa nem sabe, vou-me embora para o Nordeste”. E foi. Minha ex-vizinha tinha um namorado, novinho para ela, que tinha quase 60 anos. “Mulher mais velha também quer ser feliz, quem disse que não pode...”, e piscava. Foi-se embora atrás de seu amor novinho. Largou filhos que lhe davam trabalho e um emprego que a explorava.  
Pois é, quem foi que disse que não pode? ;)

Das despedidas

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Esta noite sonhei com o último dia em que vi o meu primeiro amor!

Paradoxos... :)

Das doenças que ninguém percebe

sábado, 15 de fevereiro de 2014

As favelas crescem na mesma proporção em que cresce o número de viciados em crack. Ou seria o contrário? A sociedade anda muito doente, e os doentes estão escondidos pelas margens de nossas estações de trens. Eu vou te contar um segredo, você promete não rir de mim? Eu vejo mortos-vivos que andam sem destino pelas ruas. Eles não têm fome, nem sede, apenas o desejo em comum pela substância que os nutre. "Não há cura quando não se admite a doença", você me diz. Um louco nunca admite que está louco. Um viciado nunca percebe que está viciado. Enquanto ninguém admite a coexistência com o mal, a mulher permanece escorada na parede, sem conseguir se levantar, os olhos perdidos no ar. Um dia desses eu vi uma criança. No dia seguinte ela não era mais criança. Nem a mulher era mais mulher. Nem os homens eram mais homens.


Ontem e hoje

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Eu poderia ter segurado a sua mão, naquela época, quando eu percebia a tristeza dos seus olhos. Acontece que eu não queria.

E hoje eu me pergunto, por que eu não queria?

 
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