A menina de 19 anos que casou com seu primeiro amor está sentada ao meu lado, no banco do ônibus. Minhas tatuagens lhe chamam a atenção, "quero desenhar o meu bebê", diz a moça. Mas a menina, com todos o seu amor, não pôde ter filhos, e transferiu todo o seu carinho para o filho de outrem.
Sua irmã já esteve presa, "agora aprendeu", e a realidade da menina fica exposta entre os passageiros em pé e entre mim, sentada ao seu lado.
Ela sorri, mesmo depois de mais um dia de luta, aquela luta diária, a luta pela sobrevivência.
A menina, então, se despede e salta do ônibus. E eu, metida nesse meu individualismo, às vezes mesquinha, às vezes indiferente, nem perguntei qual o seu nome.
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4 comentários:
mas fez algo mais importante:
a escutou.
e ela foi importante, pois rendeu um post.
bjo grande...
são sim o q vc tá achando?? bjo
talvez não tenha sido tanto egoísmo assim, você pdoeria simplesmente nem ter dado atenção à ela... mas seu texto me fez lembrar que várias vezes encontro pela primeira vez pessoas que são 'amigos de infância' e volto pra casa sem saber seus nomes. :z
Gosto de te-la sempre por perto...
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