Três caminhos abriram-se frente à Alice.
Não escolher, como diz o filósofo, ainda é uma escolha.
Esta é a condição do livre arbítrio a qual todo o ser humano está fadado.
O primeiro caminho é familiar, tranquilo, monótono, e não oferece nada além do que já existe.
O segundo caminho é arriscado, uma aventura pelo desconhecido em busca de mudanças, mas mudanças não-radicais.
O terceiro caminho é bonito, iluminado, e oferece possibilidades além do que Alice imaginara, radicais, mas exige abandonos e renúncias.
Alice acha que o que ela conhece não é o suficiente. Mas Alice não sabe se aventurar pelo desconhecido e tem medo de mudanças radicais. Alice não consegue abandonar coisas, mas Alice não consegue viver na estaticidade.
Lá fora, ao longe, vem se aproximando o Coelho Branco; "e agora, Alice, diga-me: qual caminho seguirá?".
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Um comentário:
Ria o chapeleiro louco
Todo problema
Para ele era pouco
E gritou até ficar rouco
Tenho um lema
Ou seria teorema
Enfim, não importa o tema
Mas sim que há um quarto caminho
Pelo qual pouca gente rema
Não que se ande por lá sozinho
Ou que lá só tenha espinho
É que o sistema
Entre tantas possibilidades
Elege uma magestade
Gordinha e com ares de sossego
E lá vai a maioria presse arrego
Sem qualquer desapego
Se prender a vaidades
A opção
À tal verdade
Parece ser dizer não
Rechaçar o chão
E crer que a mentira virou solução
Mas se olhar bem há um vão
Condição terceira
Dos que se equilibram pela beira
Na vida dão rasteira
E não se prendem a qualquer besteira
Mas é no alto
Muito acima do asfalto
Que um tipo incauto
Um tipo pelo qual me pauto
Alteia
Tal criatura entre as possibilidades serpenteia
Panes no sistema desencadeia
Porque sabe que no fundo
O que realmente a tudo permeia
Nesse mundo
É algo tão profundo
Que qualquer caminho é fecundo
Pra quem busca o que anseia...
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