Quero escrever um Ofício pelas almas modernas, mas um Ofício branco, sem rima, para ser cantado com a mesma tristeza e força. É um Ofício para ser sussurrado baixinho, para não acordar as almas que dormem o sono profundo em busca de paz.
Quero escrever um Ofício pelas almas que vagam pelas ruas de São Paulo, pelas almas sedentas do Nordeste e pelas afogadas do Sul; pelas almas escravas do Pelourinho e pelas que vagam num mundo de injustiças sem fim.
Quero escrever um Ofício das Almas Modernas.
"Ouvi meu bom Deus
O deprecatório
em favor das almas
lá no purgatório."
(trecho do Ofício das Almas)
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