Choro do poeta atual

sábado, 17 de maio de 2008

Deram-me um copo, só um!

Para suportar calado

tantas almas desunidas

que esbarram umas nas outras,

de tantas idades diversas;

uma nasceu muito antes

de eu aparecer no mundo,

outra nasceu com este corpo,

outra esta nascendo agora,

há outras, nem o sei direito,

são minhas filhas naturais,

deliram dentro de mim,

querem mudar de lugar,

cada uma quer uma coisa,

nunca mais tenho sossego.

Ó Deus, se existis, juntai

minhas almas desencontradas.
(Murilo Mendes)

Qualquer semelhança do título do meu blog e este poema NÃO é mera coincidência!!!

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